Sobre o Mobbing e seus efeitos


O assédio moral, mais conhecido como Mobbing, é um problema visto em diversas empresas, porém não é uma questão recente, e não parte mais exclusivamente do chefe. Infelizmente essa moléstia perdura no ambiente coorporativo, desestruturando mente e saúde dos funcionários contemplados pela hostilidade de colegas incapazes, seres humanos desprezíveis que repudiam o sucesso alheio.
Tudo inicia com a chegada de um novo parceiro de trabalho, geralmente uma pessoa com visão, sensibilidade e inteligência emocional bem desenvolvida. Ele desperta receio naqueles que adormecem na estagnação, e logo começa a ser intimidado por essa tropa de dissimulados.
Muitas vezes o individuo é premiado com apelidos “carinhosos”, os quais são concedidos pelo grupo no intuito de “integrar” o colega. Quando há uma manifestação contrária da vítima, ela é taxada de antissocial, mal-humorada e ainda precisa ouvir frases do tipo: “Puxa colega, você não sabe o que é uma brincadeira? Achei que você fosse mais espirituoso!”
A situação começa a se transformar em uma bola de neve. Em diferentes níveis o indivíduo é mutilado pela sequência de provações promovida pelos companheiros de trabalho. Não há mais paz e a falta de respeito impera sutilmente. O holocausto termina quando a vítima pede demissão, então tudo volta ao “normal”.
É inadmissível seres humanos projetarem a violência infanto-juvenil das escolas no ambiente de trabalho. Os superiores devem estar atentos ao Mobbing e não deixar que esse câncer se alastre pela empresa, as leis também devem ser mais enérgicas na punição de torturadores psicológicos.
Cada vez mais a humanidade vem focando em seu próprio ego, de maneira que não há uma consciência de consideração para com o coletivo. O mundo está disperso e em processo constante de seleção natural. Entretanto, na utopia dos mais otimistas, haverá em um futuro longínquo, uma relação de protocooperação entre os homens.

Igualdade racial ou supremacia negra?



Esta semana foi aprovado no Senado Federal, o Estatuto da “Igualdade racial”. Este documento eleva as reivindicações da população afro-brasileira, buscando sua melhor integração social.
Entretanto, alguns tópicos deste Estatuto, podem deixar algumas pessoas pensativas, pois apresentam características de quem almeja muito mais do que uma simples inclusão na sociedade brasileira.
É interessante verificar que o termo “igualdade” soa um tanto distorcido em determinados artigos do projeto. O fato de dispor uma série de direitos à população negra, no intuito de torná-la equivalente entre os demais indivíduos, adquire nuances de diferenciação.
Das questões estabelecidas no documento, prevalece o uso de ratificações acerca da obrigatoriedade da definição de raças. Tanto em cadastros elaborados pelo SUS, como em registros administrativos encaminhados aos empregadores, é colocado como algo de suma importância, a distinção de etnias. Lembrando que alguns tópicos foram vetados pelo Senado Federal, dentre eles, este parágrafo mencionado.
Uma citação delicada do Estatuto, vetada também, consiste na reserva de cotas para afro-brasileiros no mercado de trabalho. A empresa que mantivesse em seu quadro de funcionários, 20% de empregados negros, seria contemplada com incentivos fiscais. No entanto, as Companhias (com visão puramente capitalista) demitiriam seus funcionários brancos, na intenção de serem “solidárias” à causa afro-brasileira.
Toda ação, leva a uma reação e todo ato tem sua conseqüência. Acredito que o ser humano deve lutar por seus direitos, mas mantendo o equilíbrio harmônico que rege a sociedade. De que adianta buscar alternativas, cujas soluções acarretarão em segregação? Chega de alimentar a mágoa do que ocorreu no passado. O futuro da nação deve ser construído de maneira igualitária e para isso devemos caminhar todos juntos, em busca de uma existência melhor.

Luciano Tavares: Pseudo-arte ou falta de visão?


Através deste texto, posso ser condenada por expressar minha opinião, mas existem fatos que não me permitem calar.
É possível perceber que os tempos mudaram, muitas coisas evoluíram e nada mais se parece com o que já foi antes, de maneira que essas modificações se estendem por diversas áreas. Mas falando especificamente da dança, o ser humano vem perdendo (ou nem sempre consegue manter) sua criatividade. Existem alguns "artistas" que têm levado seus estudos e experimentos por um lado sombrio, onde habita a incoerência do ser.
Perdeu-se o senso da realidade, confunde-se alienação com abstração e esses enfermos (artistas) levam aos palcos o fruto da sua errônea concepção.
Certa feita pude "prestigiar" a apresentação do bailarino Luciano Tavares, o qual me presenteou com seu solo pseudo-contemporâneo de uma infância nostálgica, ao pular sapata e catar alguns brinquedinhos do chão. Coloco-me a pensar, o que faz um indivíduo confundir arte com uma mera reprodução ludopedagógica?
Não quero ser comparada à Monteiro Lobato em sua crítica à Anita Malfatti, até porque Anita fez um aprimorado estudo sobre cores, luz, sombreamento, figura fundo, mostrando direcionamento em sua questão artística.
Existe uma certa ingenuidade por parte do artista ao pressupor que o público absorverá avidamente o bolo fecal exposto nos palcos.
Se Luciano Tavares possuía uma idéia, certamente não se fez entender da maneira que planejava.
As pessoas não merecem qualquer coisa feita de qualquer forma. Uma boa parte da sociedade é interessada, pensante, possui senso crítico, deve ser valorizada e respeitada pelos conteúdos a ela direcionados.
A arte deve sim evoluir, resgatando a essência antiga dos passos daqueles que ansiavam por retratar com perfeição, a sublime beleza que os cercava.