Luciano Tavares: Pseudo-arte ou falta de visão?


Através deste texto, posso ser condenada por expressar minha opinião, mas existem fatos que não me permitem calar.
É possível perceber que os tempos mudaram, muitas coisas evoluíram e nada mais se parece com o que já foi antes, de maneira que essas modificações se estendem por diversas áreas. Mas falando especificamente da dança, o ser humano vem perdendo (ou nem sempre consegue manter) sua criatividade. Existem alguns "artistas" que têm levado seus estudos e experimentos por um lado sombrio, onde habita a incoerência do ser.
Perdeu-se o senso da realidade, confunde-se alienação com abstração e esses enfermos (artistas) levam aos palcos o fruto da sua errônea concepção.
Certa feita pude "prestigiar" a apresentação do bailarino Luciano Tavares, o qual me presenteou com seu solo pseudo-contemporâneo de uma infância nostálgica, ao pular sapata e catar alguns brinquedinhos do chão. Coloco-me a pensar, o que faz um indivíduo confundir arte com uma mera reprodução ludopedagógica?
Não quero ser comparada à Monteiro Lobato em sua crítica à Anita Malfatti, até porque Anita fez um aprimorado estudo sobre cores, luz, sombreamento, figura fundo, mostrando direcionamento em sua questão artística.
Existe uma certa ingenuidade por parte do artista ao pressupor que o público absorverá avidamente o bolo fecal exposto nos palcos.
Se Luciano Tavares possuía uma idéia, certamente não se fez entender da maneira que planejava.
As pessoas não merecem qualquer coisa feita de qualquer forma. Uma boa parte da sociedade é interessada, pensante, possui senso crítico, deve ser valorizada e respeitada pelos conteúdos a ela direcionados.
A arte deve sim evoluir, resgatando a essência antiga dos passos daqueles que ansiavam por retratar com perfeição, a sublime beleza que os cercava.

1 comentários:

Samath disse...

Concordo que a arte contemporânea chegou a um ponto onde o artista se preocupa mais em se expressar do que se fazer entender. Os bons artistas conseguem expressar suas ideias de uma maneira nítida, mas são raros. Não se compare a Monteiro em seu, tão conhecido, "Paranoia ou Mistificação". Tu não estas a defecar na arte de Luciano Tavares, visto que ele mesmo já fez isso.=~P.
Otima critica, concordo contigo mesmo.

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