Circo Brasil

Certamente as eleições do ano de 2010 ficarão marcadas na história. Devido à política exótica de nosso país, ganhamos visibilidade a nível internacional com a eleição de um palhaço ao congresso. Primeiramente questiono o motivo de candidaturas tão patéticas serem lançadas na política nacional, tanto que qualquer infeliz se encontra apto a concorrer na disputa por um cargo sério. Acredito que o erro já inicia ao permitir que pessoas sem o mínimo de condições se coloquem na corrida eleitoral, a própria lei deveria vetar este tipo de ação, estipulando critérios coerentes para que um candidato possa concorrer.
Há quem diga que a vitória de Tiririca com 1,3 milhões de votos seja um protesto dos brasileiros, que se sentem  verdadeiros palhaços com as atitudes de alguns políticos. Entretanto existem maneiras mais plausíveis de se protestar. Por que o povo brasileiro não sai às ruas para protestar? Ninguém nunca se reúne para gritar em praça pública, enquanto em outros países, multidões se rebelam contra as injustiças sociais. O povo escolheu a maneira mais bizarra para se indignar e isso terá conseqüências, tanto que já estamos colhendo os “frutos” desta tolice: Tiririca levará ao congresso mais 3 colegas de partido pois obteve uma quantidade significativa de votos, tem-se assim o famoso quociente eleitoral.
Percebe-se quão maquiavélica se encontra  a estratégia dos partidos ao selecionar um indivíduo folclórico, que chama a atenção das massas pouco instruídas. O PR utilizou com grande maestria a sua “marionete” para manipular a população. Outros partidos já exercem esta tática, alavancando fortes candidatos como Danrlei, Romário, Jean (BBB 5), figuras da mídia impregnadas com sanguessugas que serão chacoalhadas de seus corpos nas cadeiras confortáveis do poder.  A frase de Maquiavel desce amargamente por minha garganta... “os fins justificam os meios...”
A situação política do Brasil está cada vez mais caótica, nos tornamos o “Big Brother” mundial, onde as outras nações ligam seus televisores para rirem de nossa cara.
Espero que um dia a nação se reformule totalmente, que não existam mais injustiças sociais e econômicas. Quero que a população enxergue seu “berço esplêndido” com seriedade e responsabilidade, deixando de lado boicotes kamikazes.

1 comentários:

Unknown disse...

Até certo ponto é um protensto perigoso, afinal ele vai levar mais 4 pessoas com ele pra la, sendo que ele não tem preparação pra assumir um cargo desses.

a baixo entrevista na revista ISTOÈ

STOÉ – Você vai responder a entrevista na condição de Tiririca ou de Francisco, seu nome de batismo?
Tiririca – Então, cara, o Tiririca é o Francisco e o Francisco é o Tiririca.

ISTOÉ – Você deve receber um milhão de votos. Como conquistou tanta gente?
Tiririca – É o tempo de trabalho que tenho como artista, esse lance da Florentina. O pessoal se identifica com a minha história de vida, aquele cara que veio de baixo e deu a volta por cima.

ISTOÉ – Como surgiu a ideia de sua candidatura?
Tiririca – É engraçado. Recebi o convite do partido, o PR, há um ano. Aí fui falar com a minha mãe e ela achou uma boa.

ISTOÉ – Quem está bancando a sua campanha?
Tiririca – O partido.

ISTOÉ – Quanto ela vai custar?
Tiririca – Uns R$ 3 milhões. A campanha está bem pra caramba, tem muito material, tem de tudo.

ISTOÉ – Quais são suas as propostas?
Tiririca – A gente quer ajudar os menos favorecidos e os nordestinos também. Mas é complicado pra caramba. Por isso eu não divulgo proposta, não prometo nada.

ISTOÉ – Você já disse que não tem ideia do que faz um deputado. Acha correto esse tipo de discurso?
Tiririca – Do fundo do coração, acho bacana tudo o que o Tiririca fala. É uma coisa que um deputado jamais falaria. Ele não vai dar a cara para bater. O público gosta desse lance de sinceridade. As pessoas querem ver o Tiririca brincando. Essa é a maneira que achamos de fazer política. O Tiririca fala o que vem na cabeça, o que a galera quer ouvir. É por isso que a campanha deu 100% certo.

ISTOÉ – No Congresso, você vai ser o Tiririca ou o Francisco?
Tiririca – Eu queria estar vestido de Tiririca, mas não pode. Pelo menos foi o que o pessoal da parte jurídica disse. O que pode é terno diferente, colorido, mas a peruca não posso usar.

ISTOÉ – Você quer ir para Brasília para fazer política séria ou piada?
Tiririca – Vou ser o que eu sou. Vou ajudar muita gente, ajudar pra caramba. Graças a Deus, tenho meu trabalho. Já cheguei num ponto em que estabilizou a minha vida. Se eu quiser parar hoje, posso parar. Não sou candidato pela grana que o deputado ganha.

ISTOÉ – Você se incomoda com as críticas?
Tiririca – Não. Os adversários batem pra caramba, mas acho isso engraçado.

ISTOÉ – Vai votar em quem para presidente?
Tiririca – Do fundo do coração, posso falar em quem não vou votar. Não vou votar no Mercadante (Aloizio Mercadante, candidato ao governo de São Paulo pelo PT). Ele partiu para um lance infantil, bateu de frente comigo. Quando estou no ar, aparece o nome de quem apoio. O Mercadante pediu para tirar o nome dele, falou que não queria se associar a esse tipo de política. Voto na Dilma, mas no Mercadante não voto.

ISTOÉ – Você vai ter paciência para política partidária, para o trabalho formal no Congresso?
Tiririca – Já pensei nesse lance e acho que vou tirar de letra. Vai ser bacana mesmo.

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